Regras práticas de segurança da navegação

21/12/2012 13:40

                                    Segurança da navegação

Leia sobre os fatores de risco e entenda como se pode observar às regras práticas para prevenir um acidente, com o hélice, perigo com crianças no barco, cuidados com consumo de bebidas alcoólicas e  limites de velocidade.

Acessando a continuação do texto.

HÉLICE – O PERIGO ESCONDIDO A maioria dos acidentes envolvendo hélices PODE ser evitada. Um hélice típico com três pás girando a 3.200 RPM pode infligir 160 impactos em um segundo. Isto pode causar ferimentos graves e até morte. 

Os hélices representam um risco que pode ser facilmente ignorado simplesmente porque os mesmos estão sob a água, ou seja, “fora da vista e fora do pensamento”.

 

As pessoas embarcadas devem manter seus braços e pernas dentro da embarcação.

 

Dicas de segurança para os condutores de embarcações:

 

– O condutor é responsável pela segurança de seus passageiros, devendo estar sempre vigilante e considerar que a área no entorno das hélices como ‘ZONA DE PERIGO’.

 

– Instrua os passageiros sobre a localização dos hélices e o perigo representado pelos mesmos. Mostre enfaticamente a “ZONA DE PERIGO”.

 

– Antes de dar partida nos motores da embarcação, vá até a popa e observe o entorno para ter certeza de que não há ninguém perto dos hélices (pessoas nas proximidades dos hélices podem não ser visíveis do timão).

 

– Designe um passageiro para vigiar o entorno dos hélices do barco quando pessoas estiverem na água nas proximidades da embarcação.

 

– Nunca permita que passageiros embarquem ou desembarquem – oriundos ou para a água – quando os motores estiverem funcionando e os hélices girando.

 

– Esteja alerta quando operando em áreas congestionadas e mantenha-se afastado de áreas de banhistas (respeite as regras de tráfego).

 

– Nunca permita que passageiros transitem na proa ou em outros locais onde possam cair ao mar.

 

– Crianças devem ser cuidadosamente vigiadas enquanto estiverem a bordo e, preferencialmente, devem estar vestindo coletes salva-vidas.

 

– Estabeleça regras claras para o uso da plataforma de popa, escadas de embarque e assentos (se possível, passageiros devem permanecer sentados todo o tempo em que a embarcação estiver em movimento).

 

– Se alguém cai no mar, PARE! Em seguida, guine lentamente a embarcação, mantendo a pessoa à vista enquanto você se aproxima. Designe um passageiro para vigiar continuamente a pessoa na água. Pare os motores quando se aproximar para o recolhimento da pessoa na água.

 

– Nunca dê máquinas atrás para recolher alguém da água.

Fonte: Capitania dos Portos de Santa Catarina.
Crianças e BarcosMuitas crianças adoram passeios de barco e outras atividades aquáticas. Você pode melhorar a confiança delas – e sua paz de espírito -, investindo algum tempo em treinamento e educação antes de navegar. Ensinar procedimentos de emergência é fundamental. 

O capitão ou condutor de uma embarcação é o responsável pelas pessoas embarcadas, mas as crianças exigem de cuidado extra, não só a bordo do barco como também quando estiverem se divertindo na água.

 

Preferencialmente as crianças devem vestir coletes salva-vidas quando estiverem nas áreas abertas de uma embarcação, onde é possível que caiam na água. Assegure que os coletes salva-vidas possuam o tamanho apropriado, pois um colete de adulto pode sair facilmente do corpo de uma criança.

 

Não navegue sozinho com crianças. Você precisa ter outro adulto a bordo para lidar com as crianças se algo acontecer com você.

 

Ensine as crianças a nadar e como ficar num barco emborcado ou segurando um objeto flutuante facilmente visto, procedimentos que facilitarão serem avistadas por equipes de resgate.

 

Mostre os compartimentos do barco e onde estão localizados os itens de emergência, equipamentos de salvatagem, etc. Se as crianças tiverem idade suficiente para entender, mostre como usar o rádio e sinalizadores, salientando a importância de não usá-los, a menos que existam problemas reais e as conseqüências que existem para uso indevido.

 

Certifique-se que todas as crianças estejam sentadas de forma segura enquanto a embarcação estiver em movimento.

 

Lembre-se de que as crianças observam os adultos para obterem exemplos de comportamento adequado. Vista seu colete salva-vidas e elas também irão fazer o mesmo. Ensine as crianças os prazeres e os riscos de passeios de barco e, assim, terá dado o primeiro passo no caminho para torná-las futuros condutores responsáveis de embarcações.

Fonte: Capitania dos Portos de Santa Catarina.
VELOCIDADE DE SEGURANÇA Um condutor de embarcação pode, a qualquer momento, ter que parar ou guinar para evitar uma colisão ou outros perigos. Para tal, é fundamental navegar na “velocidade de segurança”.

A “velocidade de segurança” não pode ser expressa como um número máximo ou mínimo de nós, pois depende das circunstâncias e condições reinantes. O condutor deve avaliar continuamente qual velocidade deve assumir para navegar com segurança.

Em linhas gerais, a “velocidade de segurança” depende:

– da capacidade de avistamento por parte do condutor. A velocidade baixa é a única segura na presença de névoa, neblina e chuva;

– das condições presentes de ondas, correntes e ventos;

– da rapidez com que a embarcação pode guinar;

– de quantas e de quais tipos de embarcações estão nas proximidades; e

– da presença de perigos à navegação, como pedras e altos fundos.

O condutor deve ter muito cuidado quando navegando em situações de baixa visibilidade como, por exemplo, ao adentrar em uma área de névoa densa.

Navegar em períodos noturnos exige precauções especiais, porque muitos perigos potenciais podem não estar iluminados ou não podem ser facilmente avistados. É importante considerar que a iluminação da linha da costa pode confundir o condutor.

A esteira de uma embarcação pode danificar barcos, píeres, trapiches, linhas de costa, etc. A esteira também pode ser um risco para banhistas, mergulhadores e pessoas em embarcações miúdas, que podem emborcar. O condutor deve estar consciente dos efeitos da esteira de sua embarcação e, assim, assumir a velocidade adequada.

Fonte: Capitania dos Portos de Santa Catarina.
EMBARCAÇÕES E ÁLCOOL  

Consumo de álcool e navegar não se misturam. A mistura de álcool com a condução de embarcações é muito mais perigosa do que presumimos.

 

Em primeiro lugar, o álcool afeta negativamente as capacidades sensoriais e diminui o tempo de reação das pessoas. Em decorrência, as habilidades inerentes à condução de uma embarcação são degradadas pelo consumo de álcool, por exemplo:

 

– Percepção de profundidade – Diminuindo as capacidades de avistar outras embarcações e objetos, e de discernimento quanto ao movimento relativo, vital para evitar colisões;

– Visão periférica e noturna;

– Equilíbrio e coordenação motora;

– Compreensão e concentração; e

– Aumento da fadiga.

 

A perda da coordenação e capacidade de julgamento pode conduzir à incapacidade de reagir de forma adequada a uma situação perigosa numa embarcação. Os reflexos e tempo de reação em momentos críticos são retardados, bem como a capacidade de nadar, flutuar e de sobreviver em águas frias se deterioram consideravelmente.

 

Os efeitos do álcool são exacerbados pela exposição ao sol, presença de vento, jogo da embarcação, vibração, ruído dos motores e borrifos de água.

 

“NÃO MULTIPLIQUE OS RISCOS”. Jamais conduza uma embarcação sob o efeito de álcool. Se estiver numa embarcação e o condutor estiver consumindo álcool, desembarque, pois o acidente pode ocorrer a qualquer momento.

 

Consumir álcool e conduzir embarcações é uma atitude de extremo risco. Um acidente envolvendo um condutor alcoolizado certamente será objeto de ação penal.

Fonte: Capitania dos Portos de Santa Catarina.